quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Em defesa do nosso rio/cais.

Que saudades do tempo em que pescava, no cais à saboga, era uma festa, uma simples cana da margem com um pouco de fio de coco e um anzol dos grandes e um pedaço de prata dos maços de cigarros, era o suficiente para se fazer uma boa pescaria, na altura da arribação das sabogas, quantos de nós não apanhamos o vicio da pesca, por este modo de pescar, lembro-me bem foi com o ti-Manel das bicicletas, que Deus tenha, que me iniciei deste modo nas lides piscatórias, com os carretos feitos, com o carreto das bicicletas, a que eram cortados os bicos, e feita uma bobine de madeira, torneada, bons tempos. Bem a fartura era tanta, que era só apanhar, sem pensar, no futuro, e como é um peixe de muita espinha, não era do agrado de muito boa gente, era olhado com desdém, e hoje por vários motivos, excesso de captura, poluição, e devido também ao rio ter pouca agua, tem se assistido a uma diminuição, e quase desaparecimento desta espécie, que o pouco que se apanha é vendido por bom preço. Bons petiscos se faziam, pois era logo arranjada, a boa maneira dos pescadores ribeirinhos, com uns cortes no bem finos para evitar, a densidade de espinhas, que sendo bem grelhadas, quase não se dava por elas.Bons tempos

Savelha, Saboga

Nome científico Alosa fallax  - outros Clupea finct
Família Clupeidae

Nomes comuns Savelha, Saboga.

Distribuição Global Nas costas Atlânticas desde a costa de Marrocos e mar Báltico até ao golfo da Finlândia e em todo o mar Mediterrâneo, incluindo o mar Negro.

Morfologia Peixe de tamanho médio, com corpo alto, escamas grandes, delgadas e pouco aderentes. Maxila superior com um recorte nítido que corresponde a uma protuberância na maxila inferior

Coloração Exibe uma coloração azul brilhante no dorso e prateada nos flancos e ventre. Na porção anterior dos flancos com 9 a 10 manchas escuras que diminuem de tamanho ao longo do corpo.

Época de reprodução Tejo entre Maio e Junho; Migração reprodutora entre Março a Junho e desova em Julho; Guadiana e Mira: Maio; inicia a migração anádroma com 2 a 8 anos

Habitat geral Peixe que ocupa a coluna de água, pelágico. Ocorre principalmente na parte mais a jusante dos rios (próxima dos estuários). A savelha reproduz-se nos rios.

Habitat de reprodução Desova efectua-se durante a noite sobre lodo, pedras, areia ou gravilha a uma profundidade de 2,5 a 9,5 metros. Desova em zonas mais a jusante que o Sável.

Alimentação A savelha alimenta-se na coluna de água, alimentação planctónica (misidáceos, caranguejos, camarões, isópodes, insectos, detritos e ocasionalmente anelídeos, gastrópodes, cefalópodes, ovos de peixes, decápodes e anfípodes) mas também come peixes (sardinha, anchova, alcabozes, peixe-rei). As savelhas com apenas 3 cm ingerem copépodes, depois com 5 a 10 cm comem zooplâncton, insectos e plantas. Nos estuários consomem crustáceos e no mar peixes e crustáceos. Durante a migração reprodutora os peixes adultos não se alimentam.
Tamanho mínimo de captura 20 cm

Período de pesca 1 de Fevereiro a 14 de Junho

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